Alface hidroponica: comece já o seu sistema de produção
As maiores vantagens da hidroponia são:
- Maior e melhor controle sobre os nutrientes
- Maior produtividade
- Colheita precoce
- Menor consumo de água e fertilizantes
- Melhor controle fitossanitário
- Redução de tratos culturais
- Redução da mão-de-obra
- Produção fora de época
- Produção em qualquer lugar
- Maior higiene e tempo de conservação
- Melhor qualidade e melhor preço do produto
- Rápido retorno do capital
Quer saber como implementar um sistema hidropônico? O Mercado Rural tá aqui para te ajudar!
Continue lendo para saber mais sobre cada um dos tipos de sistemas de produção hidropônicos, suas vantagens e desvantagens.
O termo Hidroponia vem do grego, onde hidro significa água, e ponos significa trabalho. A junção destas palavras resultou em “trabalho com água”, e no caso da hidroponia está implícito o uso de solução nutritiva para viabilizar o cultivo de plantas sem o uso de solo e outros substratos.
Os primeiros registros do uso desta técnica vêm dos Sumérios, por volta de 5000 a.c. e habitou a antiga Mesopotâmia, local onde hoje se encontra grande parte do território do Iraque. Nesta região, foram encontradas evidências de poços e canais para a irrigação.
No Brasil, o desenvolvimento da Hidroponia comercial se deu ao pioneirismo dos japoneses Shigeru Ueda e Takanori Sekine, que trouxeram a técnica do Japão, nos idos de 1980, para o Estado de São Paulo.
Já no final da década de 1990, a área destinada ao cultivo hidropônico no mundo era de aproximadamente 12 mil hectares, com produção de 3 milhões de toneladas, somente de hortaliças.
O interesse pelo cultivo hidropônico cresceu no Brasil na última década, em especial para a produção de hortaliças. Praticamente qualquer espécie de vegetal pode ser cultivada por meio do sistema hidropônico. Entretanto, as culturas mais difundidas no cultivo hidropônico são a alface e o tomate.
No entanto os agricultores também cultivam agrião, almeirão, brócolis, berinjela, coentro, cebolinha, couve, manjericão, menta, rúcula e salsa, além de abobrinha, feijão-vagem, morango, melancia, melão, pimentão, pepino, repolho, brotos, microvegetais, alecrim e boldo. Pode-se também plantar flores e mudas de árvores frutíferas e ornamentais, mudas de arbóreas (eucalipto) e forrageiras para alimentação animal.
O que é a Hidroponia?
O cultivo hidropônico é uma técnica de produção de plantas sem a presença de substrato, seja solo ou materiais orgânicos e inorgânicos, cujos nutrientes são fornecidos através da água.
O método mais conhecido de cultivo hidropônico é o NFT, abreviação em inglês de Nutrient Film Technique (técnica do fluxo laminar de nutrientes).
Essa técnica de cultivo, consiste no fornecimento, de forma intermitente, de uma lâmina de água às raízes contendo todos nutrientes essenciais ao desenvolvimento das plantas, geralmente é realizado em canaletas, canais ou outros tipos de estruturas que permitem a passagem de uma lâmina de solução onde as raízes das plantas irão se desenvolver.
Atualmente, os materiais mais utilizados são canais ou perfis plásticos desenvolvidos especificamente para essa finalidade. Independentemente da estrutura utilizada para a condução da água, esta deve ser inclinada para que ocorra um fluxo de solução entre as raízes.
Vantagens da hidroponia
1. Maior e melhor controle sobre os nutrientes
As plantas recebem a solução nutritiva monitorada constantemente. Levando a um melhor e maior controle sobre as necessidades nutricionais facilitando uma rápida e fácil identificação e correção tanto dos excessos quanto deficiências nutricionais. Esse controle evita possíveis distúrbios fisiológicos, por exemplo.
Essa é a principal vantagem da hidroponia e, a partir dela, surgem outras vantagens, que veremos na sequência.
2. Maior produtividade
Como dissemos, a hidroponia possibilita o controle dos nutrientes que as plantas recebem. Assim é possível se programar para o melhor em termos de nutrição mineral para as plantas, alcançando maior produtividade.
3. Colheita precoce
As plantas crescem com menor gasto de energia e maior absorção de nutrientes, também há uma vantagem de conseguir ciclos mais curtos, ou seja, obter produtos melhores em menos tempo.
4. Menor consumo de água e fertilizantes
Vantagem proporcionada pelo controle do fornecimento de nutrientes e também de água, evitando desperdícios, já que não há lixiviação de água e nem de nutrientes. Sendo um cultivo em ambiente protegido, há a diminuição da evaporação.
5. Melhor controle fitossanitário
Isso significa que há melhor controle de doenças, pragas e plantas daninhas. Essa vantagem é proporcionada pelo ambiente protegido (geralmente com tela anti-inseto) e também pela falta de solo, evitando o contato com fungos, bactérias e nematóides causadores de doenças.
Mais uma vez estamos falando em economia, já que há um menor gasto com defensivos agrícolas. E, por sua vez, há um maior cuidado com o meio ambiente e com a saúde do trabalhador.
6. Redução de tratos culturais
Se não há solo, então dá menos trabalho, já que não é preciso fazer operações como aração, capina, coveamento, gradagem, sulcamento e aplicação de herbicidas.
7. Redução da mão-de-obra
Se dá menos trabalho, então não precisa de muita gente. Segundo o SEBRAE, um único trabalhador pode cuidar de mais de 10 mil plantas.
Isso porque o manejo é bem mais suave, já que geralmente as bancadas de trabalho são posicionadas na altura dos trabalhadores.
Então uma boa opção é tocar o negócio em família: idosos, jovens, crianças, todos de casa podem ajudar, o que é uma grande vantagem econômica.
8. Dispensa rotação de culturas
Mais uma vantagem da ausência do solo: não precisa fazer rotação de culturas. Em outras palavras, você pode produzir a mesma cultura infinitas vezes, somente com o cuidado de desinfectar os materiais e fazer a renovação da solução nutritiva a cada novo ciclo.
9. Redução de riscos climáticos
Olha o tal do controle aparecendo por aqui novamente! A estufa ou casa de vegetação protege a cultura de mudanças bruscas de temperatura e de outras intempéries, como geadas e chuvas excessivas.
10. Produção fora de época
Com a redução dos riscos climáticos, você pode produzir em qualquer época do ano.
11. Produção em qualquer lugar
O cultivo hidropônico pode ser realizado em qualquer lugar, até mesmo em locais onde o solo é ruim para a agricultura.
12. Maior higiene e tempo de conservação
A falta de contato com a terra já proporciona maior limpeza durante os tratos culturais. Além disso, as plantas permanecem com as raízes limpas, mesmo depois da colheita. Por isso, a comercialização dessas plantas é feita sem a retirada dessas raízes, o que agrega valor e aumenta o tempo de conservação, tanto na prateleira do supermercado quanto na geladeira do consumidor.
13. Melhor qualidade e melhor preço do produto
Esses são os resultados que todo produtor quer ter, não é mesmo? E isso também é proporcionado pelo controle de nutrientes. Mas há um outro fator determinante: o consumidor. O perfil do consumidor de produtos hidropônicos é o de alguém que dá muito valor para a higiene e para a praticidade dos produtos, não se importando em pagar um pouco mais por isso.
Quer fazer um teste? Coloque-se no lugar de um consumidor de hortaliças. De alface, por exemplo. Você chega em casa depois de um dia cansativo e vai preparar o jantar. O que é melhor? Gastar um bom tempo fazendo a limpeza e a separação de folhas murchas de um maço de alface ou pegar um maço fresco e fácil de lavar para fazer logo a refeição? Acho que nem precisamos responder, certo?
14. Rápido retorno do capital
Com ciclos mais rápidos da cultura e ótimos preços de mercado, fica fácil perceber como o capital investido volta logo para o seu bolso, não é mesmo?
Desvantagens da Hidroponia
Na tomada de decisão de escolher o sistema de produção hidropônico devemos nos atentar a alguns pontos:
1. Um Custo inicial elevado
Na montagem de um sistema hidropônico, existe um investimento inicial maior do que para iniciar uma produção em um sistema tradicional. Esses custos se devem a infraestrutura do sistema escolhido. Porém, como vimos, o capital inicial investido costuma retornar em pouco tempo devido ao preço dos produtos no mercado serem maiores.
2. Exigência de um conhecimento técnico e de uma mão-de-obra especializada
No preparo e o no monitoramento da solução nutritiva há exigência de conhecimento técnico especializado e cuidadoso, com pesquisa e estudo. Além disso, é necessário que uma equipe treinada, pois dificilmente encontra-se pessoas com experiência no sistema de hidroponia.
3. Risco de perda de produção por falta de energia elétrica
A falta de energia elétrica é grande problema para a produção, sendo indispensável um gerador, principalmente em locais onde há queda de energia elétrica com frequência, o que também aumenta custo inicial.
Sistemas de produção hidropônico
Existem mais de um sistema de produção hidropônico, que podem ser segmentados em dois grupos básicos: os passivos e os ativos.
Nos sistemas passivos, a solução hidropônica permanece estática, e é conduzida às raízes por um meio de cultura com alta capilaridade.
Nos sistemas ativos, é necessária a utilização de uma bomba hidráulica para a circulação da solução com nutrientes, e grande parte deles necessita de um sistema paralelo em conjunto para a aeração ou oxigenação da solução.
O sistema mais utilizado e difundido no Brasil é o NFT (Nutrient Film Technique). A escolha de cada processo utilizado depende de diversas questões como a ambiental, climática, econômica, entre outras.
É importante salientar que não existe um sistema ideal e absoluto. O ocorre é a escolha de um sistema que tem melhor desempenho econômico para uma determinada cultivar ou que se adequa para um determinado ambiente de produção. Portanto um dimensionamento correto de um sistema hidropônico é primordial para ter os melhores resultados na produção.
Existem muitos sistemas hidropônicos, mas todos eles são derivados ou a junção de oito sistemas básicos, descritos a seguir:
- Sistema NFT
- Sistema de bancadas individuais
- Sistema DTF
- Sistema de Substratos
- Sistema de Subirrigação
- Sistema de Pavios
- Sistema de Aquaponia
- Sistema de Aeroponia
1. Sistema NFT (NUTRIENT FILM TECNIQUE)
Predominante no Brasil, o sistema de produção NFT (em português, fluxo laminar de nutrientes), que é usado por cerca de 90% dos produtores hidropônicos. O pioneiro dessa técnica foi Allen Cooper, do Glasshouse Crop Research Institute (Littlehampton, Inglaterra), em 1965.
Esse sistema é o mais indicado para o cultivo de folhosas como alface, rúcula, agrião, espinafre, coentro e salsa. No sistema NFT, normalmente as estruturas são feitas de tubos plásticos (existem empresas especializadas nesta tecnologia) por onde circulam a solução nutritiva líquida, composta de todos os nutrientes na proporção que a planta precisa para seu desenvolvimento, e em todas as fases fenológicas.
A solução nutritiva é bombeada de um reservatório para os canais de cultivo, formando uma lâmina circulante junto às raízes. As soluções não circulam continuamente, ou seja, as raízes inseridas nesses tubos ficam submersas nesta lâmina de solução, onde são banhadas por um tempo, com alternância.
A bomba é desligada de tempos em tempos 9com controles automatizados, ou não) para que ocorra a drenagem de toda a solução nutritiva que está armazenada nos canais de cultivo, com intuito de haver uma renovação da solução nas raízes das plantas e, promovendo a incorporação do oxigênio atmosférico. Após percorrer o canal e o circuito completo, a solução retorna ao reservatório.
2. Sistema de bancadas individuais
No sistema de bancadas individuais, iniciada no Brasil com os estudos e trabalhos do Professor Doutor Jorge Barcelos, pesquisador que fez esse sistema como uma evolução do sistema NFT.
A grande diferença entre os dois é que, no NFT, em todas ou na maioria das bancadas, são atendidas por um reservatório. Como todas as bancadas são interligadas (num circuito), plantas em estágios diferentes acabam senso atendidas pela mesma solução nutritiva. Torna baixa a oxigenação na solução nutritiva devido ao tamanho do sistema e, que é mais problemática quando se tem altas temperaturas.
Essa característica também pode provocar um desequilíbrio nutricional nas plantas, pois há a necessidade diferente conforme o estágio de desenvolvimento do cultivo.
Porém, nos sistemas comerciais de grande escala, se consegue manejar adequadamente a solução nutritiva, evitando esses problemas.
No sistema de bancadas individuais, as plantas estão no mesmo tempo de desenvolvimento fenológico, com as mesmas necessidades nutricionais, tornando a solução mais equilibrada e fácil de controlar.
Um outro ponto é que, nos sistemas interligados, caso haja um problema de contaminação de uma das bancadas, todas elas ficam contaminadas e o problema se espalha por toda a produção desse circuito. Em bancadas individuais, caso uma bancada seja contaminada, o problema fica restrito e mais fácil de corrigir.
3. Sistema DFT (DEEP FILM TECHNIQUE)
O DFT é um sistema de cultivo hidropônico muito adotado também por produtores no Brasil, é conhecido também como “floating” ou “piscina”.
No DFT, usado muito para a produção de mudas, bandejas de isopor são colocadas em uma piscina, deixando correr uma lâmina de solução nutritiva (com aproximadamente 4,0 a 5,0 centímetros) que é suficiente para o desenvolvimento das raízes dessas mudas, mantendo o substrato úmido e permitindo a absorção dos nutrientes.
Nesse sistema (DFT), as raízes das plantas permanecem submersas na solução nutritiva por todo o período de cultivo, por isso mesmo a oxigenação da solução precisa de uma atenção especial, tanto no depósito da solução como também na caixa de cultivo. A instalação de um “venturi” na tubulação de alimentação permite maior e melhor oxigenação na lâmina de solução.
Neste sistema não existem canais, mas, uma mesa rasa nivelada onde permanece uma lâmina de solução nutritiva. O material utilizado para sua construção pode ser madeira, plástico ou fibras sintéticas. A escolha do material escolhido depende de fatores técnicos e de custo no planejamento antes da instalação.
A altura da lateral da caixa de cultivo deve ser de 10,0 a 15,0 centímetros, dependendo da lâmina desejada que normalmente varia de 5,0 a 10,0 centímetros.
Para a manutenção da lâmina de solução, deve-se instalar um sistema de alimentação (entrada) e drenagem (saída) com compatibilidade, sendo a drenagem sempre maior ou igual à entrada de solução, para manter constante o nível dessa lâmina nutritiva.
Para as mesas de material plástico ou outro material sintético com revestimento interno, não é necessária a impermeabilização, mas, nas feitas de madeira, deve-se cobrir o fundo e as laterais com dois filmes plásticos, sempre o preto por baixo e o de polietileno tratado contra radiação UV por cima, para conferir resistência aos raios solares.
4. Sistema de substratos
Neste sistema se utilizam recipientes, vasos e sacolas cheios de material inerte (areia, pedras diversas, lã-de-rocha, espumas e outros) apenas para a sustentação da planta, local onde a solução nutritiva é filtrada e percola através desses materiais sendo drenada pela parte inferior dos vasos, retornando ao tanque de solução. Essa técnica é amplamente utilizada para hortaliças frutíferas, flores e outras culturas que têm suas raízes e partes aéreas maiores e mais desenvolvidas.
Nos sistemas em substrato não são tão dependentes da energia elétrica quando sistemas em água. Em casos de falta de energia, exemplificando, o carregamento de nutrientes no substrato consegue manter a planta durante horas ou até dias em boas condições.
5. Sistema de subirrigação
É um sistema usado em estufas com a finalidade de reduzir o uso e o descarte de água com fertilizantes e pesticidas. O fornecimento de solução nutritiva ocorre na parte inferior dos vasos ou bandejas de cultivo, onde por capilaridade permite que a água e os nutrientes se movimentem verticalmente no substrato. Após a aplicação da lâmina desejada, a água é drenada a um reservatório para posterior reutilização.
Existem, atualmente, diversos tipos de equipamentos para aplicação da Subirrigação: mesas, pisos de concreto, pavios, mantas capilares, bandejas móveis e canais ou calhas em desnível.
Os sistemas de Subirrigação podem ser utilizados na produção de diversas culturas que utilizam substratos, como é o caso de palmeiras, mudas florestais, mudas nativas e exóticas, citros, café, maracujá e outros.
Essa tecnologia expressa vantagens como o aumento da produção por unidade de área (produtividade), maior uniformidade de produção, redução no período de crescimento, extinção da perda de água e nutrientes por lavagem no solo.
Outros pontos positivos são a redução da quantidade de água, possibilita a aplicação de defensivos agrícolas e estimuladores de crescimento vegetal, reduz custos de mão de obra e possibilita a automação de todas as etapas.
Porém se o produtor não for cuidadoso com assepsia do sistema pode aumentar o risco de disseminação de vírus e bactérias, a altas concentrações de sais nas camadas superiores do substrato (já que não são realizadas lavagens constantes nas raízes).
6. Sistema de pavios
O sistema de mecha ou pavio é um dos mais simples (se não o mais simples). É um dos chamados sistemas passivos. Entende-se por sistema passivo, um sistema que não tem partes móveis. Não existe fluxo de água ou nenhuma parte que se desloca no decorrer da alimentação das plantas. Os nutrientes são atraídos até às raízes através de um pavio ou mecha de tecido.
Praticamente qualquer tipo de tecido absorvente serve. Pode ser utilizado um daqueles laranjas do pó ou, se quisermos uma solução mais “limpa” (em que não envolve o rasgar de tecido) podemos comprar pavio de vela ou de lanterna a petróleo.
O único problema deste sistema é a planta pedir mais nutrientes que aqueles que a mecha consegue fornecer. As plantas com maiores necessidades ou de maior porte deverão ter mais que uma mecha ou serem mudadas quando começarem a mostrar sinais de que não estão a “comer” o suficiente.
A bomba de ar que está na figura abaixo é facultativa. No entanto é aconselhável a que haja uma boa oxigenação nas raízes. Uma vez que toda a água vem de baixo (e é a água que habitualmente leva o oxigênio até às raízes) é aconselhável ter uma fonte de oxigênio para aumentar o fluxo nas raízes. ‘
7. Sistema de aquaponia
A aquaponia é um sistema que permite, de forma integrada e colaborativa, a aquicultura convencional (criação de organismos aquáticos tais como peixes, lagostas e camarões) associada à hidroponia (cultivo de plantas em água), ocorrendo uma verdadeira simbiose entre as espécies.
O sistema de aquaponia consiste em duas partes: a parte da aquicultura (criação de organismos aquáticos) e a parte hidropônica (cultivo de plantas). A água residual do sistema de aquicultura circula (com a ajuda de uma bomba ou por drenagem) para o sistema hidropônico, e vice-versa.
Embora consista primariamente dessas duas partes, os sistemas de aquaponia são também agrupados em outros componentes ou subsistemas, que podem auxiliar na eficiência do processo.
8. Sistema de Aeroponia
Nesse sistema de cultivo as plantas são mantidas suspensas no ar, de maneira geral sendo apoiadas pelo colo das raízes (as raízes ficam contidas num ambiente escuro), as plantas são borrifadas com uma névoa de solução nutritiva.
Esse sistema surgiu nos Estados Unidos em 1937, e possibilita grande economia de água. A Aeroponia difere de outros sistemas da Hidroponia por não usar a água com o substrato. No Brasil, esse método de cultivo vem sendo muito utilizado na produção de batatas.
A solução nutritiva é aplicada em pequenas gotas por meio de nebulizadores do tipo “fogger” nas raízes das plantas, que crescem dentro da caixa e no ar. O tempo de nebulização varia em função do ciclo da cultura (10-20 segundos ligado e 30-60 segundos desligado). É um sistema é fechado, ou seja, a solução retorna para o tanque de armazenamento. A colheita é escalonada e facilitada, pois é feita por meio de janelas laterais construídas para essa finalidade.
As maiores vantagens desse sistema são a facilidade de aeração, falta de impedimento ao crescimento livre das raízes e ausência de bactérias ou vírus que possam causar doenças nos seres humanos.
Entretanto, na Aeroponia apresentam-se algumas desvantagens, como o alto custo inicial de implantação e a eventualidade de perda total da produção numa falta de energia e o produtor não ter sistema auxiliar de geração.
Referências
Henrique Servolo
Engenheiro Agrônomo, Mestre em Fitotecnia e Doutor em Engenharia florestal, todos pela Esalq/USP.
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